terça-feira, 19 de maio de 2009
Preocupada com a indisciplina
Turmas indisciplinadas
Por Sabrina Vilarinho
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Pensamentos sobre a vivência do estágio - 1ª semana.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Ser estagiária...
Qual seria então a função do estagiário?
O estagiário, na minha opinião, deve após a observação estudar meios de intervenção, o que pede uma constante correlação entre a teoria e a prática. Esses dois elementos não podem ser vistos dissociados.
As vivências nos estágios, durante o curso de Pedagogia, me fizeram refletir, que ao nos tornamos profissionais não devemos deixar nunca o estagiário que já fomos, de lado.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Estágio de observação: o primeiro contato com a dinâmica escolar
Nesse sentido, o estagiário é um pesquisador. Pesquisador este que, enquanto pesquisa, também aprende, porque estágio são os estudos práticos que levam à aprendizagem. É um ponto convergente entre a teoria e a prática.
Tenho plena convicção de que não poderemos resolver todos os problemas, até porque o tempo de regência é curto. Entretanto, as oportunidades que teremos para estarmos trabalhando juntos serão todas aproveitadas ao máximo.
terça-feira, 31 de março de 2009
O AMOR É CONTAGIOSO!!!!!
O Amor não deve ser entendido apenas como um sentimento, mas como um instrumento, diria que mágico, que transforma, dá vida e sentido a tudo que toca.
No filme O Amor é Contagioso, Patch Adams, um estudante de medicina, descobre como melhor tratamento, o que tem por princípio e por principal remédio o amor. Nos hospitais é notória a relação fria do médico com o paciente. Este é visto apenas como um caso e não como pessoa. O médico, com seu jaleco, é visto como ser superior, único capaz de fazer um diagnóstico preciso e receitar as doses certas de um remédio.
Patch Adams é um exemplo de um indivíduo transgressor. Ser que é tão necessário atualmente, pois ao transgredir, o faz por saber olhar criticamente, ao passo que, atua para transformar a realidade posta e estagnada.
Uma das críticas de Patch é em relação à dicotomia teoria e a prática, tão criticada na universidade, mas ainda existente por força de um currículo estabelecido e dos profissionais que o seguem à risca. Se o saber nasce da prática, isto é, por meio das observações, das experiências, dos fatos e fenômenos, se a teoria é um pensar sobre a prática, porque trata-los dicotomizados na academia?
No filme, é mostrado que os estudantes de medicina têm contato com a prática somente a partir do 3º semestre. Nós, do curso de Pedagogia, apenas no 7º e no 8º semestre. Isso provoca no recém graduado um despreparo frente às situações decorridas da prática, o que ocasiona um serviço de baixa qualidade. Sobretudo no curso de pedagogia, enfatiza-se mais aspectos estruturais e históricos da Educação, em detrimento dos conteúdos específicos das disciplinas e dos aspectos didáticos do trabalho docente.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas para a Revista Nova Escola revela que no currículo dos cursos de pedagogia apenas 28% das disciplinas abordam o “quê” e “como” ensinar, além disso, que nas disciplinas de estágio, os estudantes apenas observam algumas aulas nas escolas, sem possuir orientações adequadas e conhecimentos sobre as didáticas específicas. Esses problemas desencadeiam a formação de um profissional inseguro que certamente irá se frustrar ou irá realizar suas ações num pacto de mediocridade, pois a escola que encontrou não foi mostrada na universidade.
O filme nos faz refletir sobre essas questões que são tão partes do nosso contexto. Num momento de crise financeira e principalmente de valores é perceptível o ser humano cada vez mais sujeito às doenças psicossomáticas. Novos tratamentos emergem, poderosos medicamentos são criados, técnicas inovadoras surgem na tentativa de se combate-las. Contudo, o homem se esquece de um poderoso aliado, de perfeita qualidade e sem custos: o amor ao próximo. Amor que se doa, que compreende, que luta, que é solidário.
Na educação, é bem, mais que necessário. O amor humilde não nos faz querer ser superior ao aluno só porque estamos na posição de professor, mas permite que o educando avance, mesmo que para isso, se faça essencial sacrificar-se. O amor compreensivo pode nos auxiliar ao invés de termos uma atitude de prepotência frente aos alunos considerados problemáticos.
Um toque, um sorriso, um cumprimento, mostrar-se interessado pela vida do aluno e por seus sonhos, são atitudes estimuladas pelo filme no âmbito da educação,mais especificamente, que fazem com que uma escola e quem estar perto dela se transforme por completo, porque o amor é contagioso!!!
O melhor do filme é saber que ele retrata um fato real e contemporâneo. Um exemplo de solidariedade, voluntariado e amor, que não podemos deixar de seguir.
(Ler sinopse, clique aqui)
MINHA HISTÓRIA
Nasci em 13 de dezembro de 1987, na cidade de Jaguaquara – BA. Sou a primogênita de meus pais. Para mim eles foram (e são) pessoas fundamentais para a construção do meu eu. Apesar de estarem sempre ocupados nos trabalhos que faziam nunca me faltou o amor e o aconchego.
Com dois anos de idade, minha família e eu mudamos para a cidade de Apuarema – BA, onde resido até hoje. Recordo que, aqui, cursei o maternal numa escolinha particular que funcionava na garagem da casa das professoras. Segundo minha mãe eu era muito tímida, brincava na hora certa e só queria levar a lancheira cheia de merenda (rsrsrs).
As atividades, nesse período, eram de colagem, coordenação motora, traçar números e letras pontilhadas, dentre outras. As professoras trabalhavam muito com músicas, com brincadeiras orientadas, atividades coletivas, brinquedos de encaixe, etc.
Aos quatro anos, fui para o pré-escolar em uma outra escolinha particular. De acordo com minha mãe, nessa escolinha, a docente trabalhava muito com datas temáticas: páscoa, dia do soldado, natal. Nessa época, começava a haver em minha cidade a divulgação do construtivismo e as professoras tinham dificuldades em trabalhá-lo. Assim, quando alguma diretora de qualquer escola ia para palestras sobre essa temática, ao chegar se reunia com as docentes para relatar o que aprendeu. Com isso, as atividades iam mudando também. No ano seguinte, já com cinco anos, cursei a alfa, numa escola pública.
Nesse período eu estava começando a ler pequenas frases, escrevia meu nome completo, dentre outras atividades. Posso dizer que fui alfabetizada no método fônico - que segundo Ribeiro (2006) consiste em ensinar a leitura a partir do som da letra, passando pela representação gráfica, sílaba e, enfim palavra-frase – mas já começava a ter influencia construtivista.
A minha cidade tinha pouco tempo de emancipada, assim tinha pouca estrutura. Poucos eram os eventos de letramento, ou seja, as “situações em que a escrita constitui parte essencial para fazer sentido da situação, tanto em relação à interação entre os participantes como em relação aos processos e estratégias interpretativas” (KLEIMAN, 1995, p. 40).
Os eventos de letramento são consolidados por meio de diversos portadores de texto, como receitas, bulas, placas, cartazes, outdoors, livros, revistas, etc. Isso é característico das grandes cidades, mas em municípios em desenvolvimento são pouco ou raríssimos, mas existem, pois como afirma Terzi (apud KLEIMAN, 1995, p. 94) “todos os grupos sociais têm práticas de base cultural que dão origem a habilidades específicas em suas crianças”. Esse fato, mais tarde, já na universidade, transformou-se em uma problemática para mim: quais os fatores existentes em meu município que auxiliam no processo de aprendizagem da criança? Tal questionamento transformou-se em minha monografia.
É importante também a influência da família, que pode se dá através da leitura de historinhas e possibilitar o contato com os diversos portadores de texto. Mesmo sem saber disso, minha mãe me dava muitos livros de historinhas, mas pouco era tempo para lê-las para mim. Como eu não sabia ler, abria o livro, observava as gravuras, imaginava a história e fingia que lia as palavras, criando a minha própria história. Isso eu adorava fazer. Amava quando a professora mandava para casa uma atividade de criação de história, onde eu falava e minha mãe tinha que escrever. Quando meus pais tinham tempo para mim e meu irmão, era muito prazeroso e lúdico, pois eles conversavam muito com agente, contavam historinhas da vida deles, outras inventadas, outras da bíblia, desenhávamos juntos, etc.
Minha maior felicidade foi quando comecei a ler as primeiras palavras. Saia na rua com meus pais e sai lendo tudo que tinha na minha frente: Padaria do Elias, Box Casal 20, Grupo Escolar Dr. Vasco Filho... Pronto! O mundo estava diante dos meus olhos e eu já podia começar a desvendá-lo.
Aqui em Apuarema, sempre foi precário o acesso a recursos didáticos e aos elementos de pesquisa. Assim, no Ensino Fundamental I e II, as únicas novidades aconteciam quando recebíamos um novo livro didático. Mas, de certa forma, isso me incentivou a nunca me contentar com o pouco que tinha e buscava de todas as formas pesquisar mais.
No final do Ensino Médio, tive que refletir s obre o que eu queria fazer a partir de então. É muito difícil com dezesseis anos escolher o que você quer ser, o que inicialmente parece ser para a sua vida. Odontologia? Pedagogia? Biologia???? O mundo contemporâneo coloca-nos essas questões constantemente. Agente nem tem tempo para ser criança e/ou adolescente.
Após algumas reflexões percebi que não tinha aptidão para a área de saúde nem ciências biológicas. Então, depois de ser orientada por algumas professoras e decidi prestar vestibular para pedagogia. Mas, no fundo a maior influência foi aquela que veio da infância e a da adolescência, quando acompanhava a minha mãe na sala de aula e mais tarde na direção. Aprendi de tudo, um pouco, mas principalmente que a educação é um campo fascinante, dialético, complexo, desafiante e gratificante ao mesmo tempo.