terça-feira, 31 de março de 2009

O AMOR É CONTAGIOSO!!!!!














O Amor não deve ser entendido apenas como um sentimento, mas como um instrumento, diria que mágico, que transforma, dá vida e sentido a tudo que toca.

No filme O Amor é Contagioso, Patch Adams, um estudante de medicina, descobre como melhor tratamento, o que tem por princípio e por principal remédio o amor. Nos hospitais é notória a relação fria do médico com o paciente. Este é visto apenas como um caso e não como pessoa. O médico, com seu jaleco, é visto como ser superior, único capaz de fazer um diagnóstico preciso e receitar as doses certas de um remédio.

Patch Adams é um exemplo de um indivíduo transgressor. Ser que é tão necessário atualmente, pois ao transgredir, o faz por saber olhar criticamente, ao passo que, atua para transformar a realidade posta e estagnada.

Uma das críticas de Patch é em relação à dicotomia teoria e a prática, tão criticada na universidade, mas ainda existente por força de um currículo estabelecido e dos profissionais que o seguem à risca. Se o saber nasce da prática, isto é, por meio das observações, das experiências, dos fatos e fenômenos, se a teoria é um pensar sobre a prática, porque trata-los dicotomizados na academia?

No filme, é mostrado que os estudantes de medicina têm contato com a prática somente a partir do 3º semestre. Nós, do curso de Pedagogia, apenas no 7º e no 8º semestre. Isso provoca no recém graduado um despreparo frente às situações decorridas da prática, o que ocasiona um serviço de baixa qualidade. Sobretudo no curso de pedagogia, enfatiza-se mais aspectos estruturais e históricos da Educação, em detrimento dos conteúdos específicos das disciplinas e dos aspectos didáticos do trabalho docente.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas para a Revista Nova Escola revela que no currículo dos cursos de pedagogia apenas 28% das disciplinas abordam o “quê” e “como” ensinar, além disso, que nas disciplinas de estágio, os estudantes apenas observam algumas aulas nas escolas, sem possuir orientações adequadas e conhecimentos sobre as didáticas específicas. Esses problemas desencadeiam a formação de um profissional inseguro que certamente irá se frustrar ou irá realizar suas ações num pacto de mediocridade, pois a escola que encontrou não foi mostrada na universidade.

O filme nos faz refletir sobre essas questões que são tão partes do nosso contexto. Num momento de crise financeira e principalmente de valores é perceptível o ser humano cada vez mais sujeito às doenças psicossomáticas. Novos tratamentos emergem, poderosos medicamentos são criados, técnicas inovadoras surgem na tentativa de se combate-las. Contudo, o homem se esquece de um poderoso aliado, de perfeita qualidade e sem custos: o amor ao próximo. Amor que se doa, que compreende, que luta, que é solidário.

Na educação, é bem, mais que necessário. O amor humilde não nos faz querer ser superior ao aluno só porque estamos na posição de professor, mas permite que o educando avance, mesmo que para isso, se faça essencial sacrificar-se. O amor compreensivo pode nos auxiliar ao invés de termos uma atitude de prepotência frente aos alunos considerados problemáticos.

Um toque, um sorriso, um cumprimento, mostrar-se interessado pela vida do aluno e por seus sonhos, são atitudes estimuladas pelo filme no âmbito da educação,mais especificamente, que fazem com que uma escola e quem estar perto dela se transforme por completo, porque o amor é contagioso!!!

O melhor do filme é saber que ele retrata um fato real e contemporâneo. Um exemplo de solidariedade, voluntariado e amor, que não podemos deixar de seguir.


(Ler sinopse, clique aqui)

MINHA HISTÓRIA

Infância é um dos períodos mais gostosos de nossa vida. É quando tudo começa a ser descoberto... O mundo parece tão grande e a gente tão pequenino!!! Existem coisas que nem compreendemos, mas tudo se torna feliz quando nos rodeiam de carinho. Lembrar, então, das brincadeiras, dos colegas, das travessuras (rsrsrs)..., da primeira escola, das primeiras professoras, dos colegas, nos faz sentir saudades. Quando lembro de minha infância, aparece de repente um misto de elementos e sensações: gostos, cheiros, sentimentos, músicas, lugares, pessoas...
Nasci em 13 de dezembro de 1987, na cidade de Jaguaquara – BA. Sou a primogênita de meus pais. Para mim eles foram (e são) pessoas fundamentais para a construção do meu eu. Apesar de estarem sempre ocupados nos trabalhos que faziam nunca me faltou o amor e o aconchego.
Com dois anos de idade, minha família e eu mudamos para a cidade de Apuarema – BA, onde resido até hoje. Recordo que, aqui, cursei o maternal numa escolinha particular que funcionava na garagem da casa das professoras. Segundo minha mãe eu era muito tímida, brincava na hora certa e só queria levar a lancheira cheia de merenda (rsrsrs).
As atividades, nesse período, eram de colagem, coordenação motora, traçar números e letras pontilhadas, dentre outras. As professoras trabalhavam muito com músicas, com brincadeiras orientadas, atividades coletivas, brinquedos de encaixe, etc.
Aos quatro anos, fui para o pré-escolar em uma outra escolinha particular. De acordo com minha mãe, nessa escolinha, a docente trabalhava muito com datas temáticas: páscoa, dia do soldado, natal. Nessa época, começava a haver em minha cidade a divulgação do construtivismo e as professoras tinham dificuldades em trabalhá-lo. Assim, quando alguma diretora de qualquer escola ia para palestras sobre essa temática, ao chegar se reunia com as docentes para relatar o que aprendeu. Com isso, as atividades iam mudando também. No ano seguinte, já com cinco anos, cursei a alfa, numa escola pública.
Nesse período eu estava começando a ler pequenas frases, escrevia meu nome completo, dentre outras atividades. Posso dizer que fui alfabetizada no método fônico - que segundo Ribeiro (2006) consiste em ensinar a leitura a partir do som da letra, passando pela representação gráfica, sílaba e, enfim palavra-frase – mas já começava a ter influencia construtivista.
A minha cidade tinha pouco tempo de emancipada, assim tinha pouca estrutura. Poucos eram os eventos de letramento, ou seja, as “situações em que a escrita constitui parte essencial para fazer sentido da situação, tanto em relação à interação entre os participantes como em relação aos processos e estratégias interpretativas” (KLEIMAN, 1995, p. 40).
Os eventos de letramento são consolidados por meio de diversos portadores de texto, como receitas, bulas, placas, cartazes, outdoors, livros, revistas, etc. Isso é característico das grandes cidades, mas em municípios em desenvolvimento são pouco ou raríssimos, mas existem, pois como afirma Terzi (apud KLEIMAN, 1995, p. 94) “todos os grupos sociais têm práticas de base cultural que dão origem a habilidades específicas em suas crianças”. Esse fato, mais tarde, já na universidade, transformou-se em uma problemática para mim: quais os fatores existentes em meu município que auxiliam no processo de aprendizagem da criança? Tal questionamento transformou-se em minha monografia.
É importante também a influência da família, que pode se dá através da leitura de historinhas e possibilitar o contato com os diversos portadores de texto. Mesmo sem saber disso, minha mãe me dava muitos livros de historinhas, mas pouco era tempo para lê-las para mim. Como eu não sabia ler, abria o livro, observava as gravuras, imaginava a história e fingia que lia as palavras, criando a minha própria história. Isso eu adorava fazer. Amava quando a professora mandava para casa uma atividade de criação de história, onde eu falava e minha mãe tinha que escrever. Quando meus pais tinham tempo para mim e meu irmão, era muito prazeroso e lúdico, pois eles conversavam muito com agente, contavam historinhas da vida deles, outras inventadas, outras da bíblia, desenhávamos juntos, etc.
Minha maior felicidade foi quando comecei a ler as primeiras palavras. Saia na rua com meus pais e sai lendo tudo que tinha na minha frente: Padaria do Elias, Box Casal 20, Grupo Escolar Dr. Vasco Filho... Pronto! O mundo estava diante dos meus olhos e eu já podia começar a desvendá-lo.
Aqui em Apuarema, sempre foi precário o acesso a recursos didáticos e aos elementos de pesquisa. Assim, no Ensino Fundamental I e II, as únicas novidades aconteciam quando recebíamos um novo livro didático. Mas, de certa forma, isso me incentivou a nunca me contentar com o pouco que tinha e buscava de todas as formas pesquisar mais.
No final do Ensino Médio, tive que refletir s obre o que eu queria fazer a partir de então. É muito difícil com dezesseis anos escolher o que você quer ser, o que inicialmente parece ser para a sua vida. Odontologia? Pedagogia? Biologia???? O mundo contemporâneo coloca-nos essas questões constantemente. Agente nem tem tempo para ser criança e/ou adolescente.
Após algumas reflexões percebi que não tinha aptidão para a área de saúde nem ciências biológicas. Então, depois de ser orientada por algumas professoras e decidi prestar vestibular para pedagogia. Mas, no fundo a maior influência foi aquela que veio da infância e a da adolescência, quando acompanhava a minha mãe na sala de aula e mais tarde na direção. Aprendi de tudo, um pouco, mas principalmente que a educação é um campo fascinante, dialético, complexo, desafiante e gratificante ao mesmo tempo.
Eu na Universidade


Ingressar na universidade foi e está sendo uma das melhores experiências da minha vida. Não tinha noção da relevância do curso de Pedagogia para minha construção profissional e pessoal. A cada etapa aprendo a enxergar o mundo e a minha função enquanto ser: enquanto ser que reflete/transgride, enquanto ser que ensina e que aprende simultaneamente.
As disciplinas das áreas de psicologia foram as que mais me influenciaram, porque pude perceber que para ajudar o aluno a se compreender tenho que compreender a mim mesma antes. Ainda dentro desse campo relevo as contribuições de Wallon e Vygotsky, pois o primeiro numa visão psicogenética, dá ênfase aos aspectos emocionais e o segundo traz compreensões no âmbito psicossocial.
Não poderia deixar de citar o célebre Paulo Freire. Nossa!! Esse cara é fantástico!!! Ele defende uma educação que possibilite a formação de um sujeito político. Sujeito este que ao libertar-se liberta também o outro, mesmo sendo esse outro seu opressor, porque compreende que uma nova sociedade só é possível se os homens viverem em coletividade. Nesse sentido, o educador deve deixar transparecer o seu pensar politicamente:
Minha presença de professor, que não pode passar despercebida dos alunos na classe e na escola, é uma presença em si política. Enquanto presença não posso ser uma omissão mais um sujeito de opções. Devo revelar aos alunos a minha capacidade de analisar, de comparar, de avaliar, de decidir, de optar, de romper. Minha capacidade de fazer justiça, de não falhar à verdade. Ético, por isso mesmo, tem que ser o meu testemunho. (FREIRE, 2008, p. 98)

Apesar de já ter atuado, mesmo que durante pouco tempo, em todos os níveis da educação básica, interessei-me mesmo pela área da Educação Infantil. As disciplinas de Metodologia da Alfabetização, Lingüística aplicada a alfabetização, Educação Infantil, Práticas Pedagógicas em Educação Infantil, aprofundaram mais ainda o meu apreço por esse campo. Hoje, estou tendo a oportunidade de ser diretora numa escola de educação infantil. E apesar das dificuldades, fim de curso, monografia, estágio, estudo de caso, aulas de campo, morar em uma cidade e estudar em outra, essa experiência tem sido muito significativa para mim.
Em cada momento de atuação na escola, relembro das contribuições dos saudosos professores, das conversas com as colegas, das aulas, dos livros, enfim de cada aspecto de minha [des]construção. Ser educadora é lidar com o outro e possibilita-lo a buscar a si próprio no mundo e o mundo em si próprio.
MEU FUTURO

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[DESCULPE, ESPAÇO EM CONSTRUÇÃO]






Referências Bibliográficas


KLEIMAN, A. B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. IN: _______________ (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995. (Coleção Letramento, Educação e Sociedade).

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia:saberes necessários à prática educativa. SP: Paz e Terra, 2008.

RIBEIRO, C.B. Métodos fônico e construtivista podem caminhar juntos. Disponível em: http://aprendiz.uol.com.br/content/thupiswudr.mmp. Acessado em: 11 de março de 2009.

TERZI, S. B.. A oralidade e a construção da leitura por crianças de meios iletrados. IN: KLEIMAN, A.B. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995. (Coleção Letramento, Educação e Sociedade).

LIÇÕES DO CADERNO

O CADERNO


Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar

A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
E acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel


Se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...

Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...

"Eu não sei se você se recorda do seu primeiro caderno
Eu me recordo do meu
Com ele eu aprendi muita coisa
Foi nele que descobri que a experiência dos erros,
Ela é tão importante quanto à experiência dos acertos.
Por que vistos de um jeito certo, os erros, eles nos preparam para nossas vitórias e conquistas futuras.
Por que não à aprendizado na vida que não passe pela experiência dos erros.
Caderno é uma metáfora da vida, quando erros cometidos eram demais eu me recordo que nossa professora nos sugeria que a gente virasse a pagina.

Era um jeito interessante de descobrir a graça que há nos recomeços.
Ao virar a pagina os erros cometidos deixavam de nos incomodar e a partir deles a gente seguia um pouco mais crescido.
O caderno nos ensina que erros não precisam ser fontes de castigos


Erros podem ser fontes de virtudes
Na vida é a mesma coisa
O erro tem que esta a serviço do aprendizado
Nenhum tem que ser fonte de culpas, de vergonhas.
Nenhum ser humano pode ser verdadeiramente grande sem que seja capaz de reconhecer os erros que cometeu na vida
Uma coisa é a gente se arrepender do que fez
Outra coisa é a gente se sentir culpado
Culpas nos paralisam, arrependimentos não.
Eles nos lançam pra frente, nos ajuda a corrigir os erros cometidos.
Tê-los a semelhante a um caderno
Eles nos permite os erros pra que a gente aprenda pra fazer do jeito certo

Você tem errado muito?
Não importa aceite de Deus esta nova página de vida que tem nome de hoje
Recorde-se das lições do seu primeiro caderno
Quando os erros são demais vire a página."






O que está escrito em mim

Comigo ficará guardado

Se lhe dá prazer

A vida segue sempre em frente

O que se há de fazer...

Só peço, à você

Um favor, se puder

Não me esqueça

Num canto qualquer...